Na minha lista de filmes os quais eu nunca esperaria uma continuação, 300 era um deles, mas ao que parece as coisas que acredito nunca acontece (vide a possível nova trilogia de Matrix), e quando eu menos esperei me dei de cara com a divulgação de 300: A ascensão de um império, e uma dúvida muito comum: será que é só efeitos especiais ou tem algo que se aproveite? afinal, o primeiro era uma adaptação de Frank Miller, e esse? vale a pena?
Vamos por parte.
Este filme também tem na genética Frank Miller, pois após a graphic novel 300, passou a trabalhar numa outra de nome Xerxes, que é um prelúdio a primeira e até onde eu sei ainda não foi lançada mas até onde se sabe será uma minissérie de 5 edições. O filme possui como base esse novo trabalho de Miller mas eu não sei até que ponto uma vez que não sei até que ponto vai a graphic novel, se esta for de toda a vida de Xerxes, então eu digo que este A ascenção de um império vai até certo ponto, entretanto isso é discussão que não cabe aqui.
Este filme também tem na genética Frank Miller, pois após a graphic novel 300, passou a trabalhar numa outra de nome Xerxes, que é um prelúdio a primeira e até onde eu sei ainda não foi lançada mas até onde se sabe será uma minissérie de 5 edições. O filme possui como base esse novo trabalho de Miller mas eu não sei até que ponto uma vez que não sei até que ponto vai a graphic novel, se esta for de toda a vida de Xerxes, então eu digo que este A ascenção de um império vai até certo ponto, entretanto isso é discussão que não cabe aqui.
Roteirizado por dois dos mesmos roteiristas de 300, Zack Snyder e Kurt Johnstad, esta continuação possui como diretor Noam Murro (Vivendo e aprendendo - 2008) e boa parte do elenco original, como: Lena Headey (Rainha Gorgo), David Wenham (Dilios - o narrador do filme anterior), Rodrigo Santoro (Xerxes) e Gerard Butler (Leônidas) em flashback quando é necessário. Contudo, agora o foco não mais são os 300 de Esparta (que na verdade não eram 300, uma vez que cada soldado tinha um ou dois empregados - estude História!), o foco aqui é o que não vemos mas que ocorre, antes, durante e depois dos eventos do filme anterior.
Se antes, pela narração de Dilios éramos levados a conhecer a grande Batalha das Termópilas e seus quiprocos, aqui a narração de Temístocles (Sullivan Stapleton) nos leva aos quiprocos da origem de Xerxes - o que em parte ele foi responsável - até a adesão de Esparta para lutar ao lado da Grécia. Mas ao contrário do que pode parecer num filme de guerra com tantos homens, a espinha dorsal e a "salvação" do povo grego é a vingança feminina.
Em meio aos vários novos personagens somos apresentados a Artemísia (Eva Green), que não é apenas uma exímia lutadora com espadas e líder das frotas pérsias mais é a grande articuladora da história, não apenas em continuar a guerra entre Pérsia e Grécia mais também em moldar o desolado Xerxes no Rei-Deus que ele se considerava com toda a prepotência que se pode esperar de alguém com um título como esse.
Todo esse empenho de Artemísia em fazer do jovem Xerxes um Rei-Deus e prosseguir com a guerra não é por um ideal, ou melhor, é para seu ideal: a vingança. A vingança pelo que os gregos a fizera sofrer quando mais jovem que a impulsiona até o seu fim. E é pelo sentimento de vingança quea Rainha Gorgo aceita unir o exército espartano com o resto das cidades-estado gregas contra Xerxes, quando o fim de Temístocles e mais ainda, o ideal de liberdade grega estava chegando ao fim.
Irônico é que tanto a danação e a salvação da liberdade grega se encontrava em dois povos que não possuíam a mesma concepção de liberdade, uma vez que tanto Pérsia como Esparta (uma das cidades-estado que formava o território que hoje é a Grécia - vá estudar História!) eram regidas por reis, e mais irônico é que a verdadeira engrenagem de um filme com várias personagens masculinas são duas personagens femininas: Artemísia e Gorgo, respectivamente a danação e a salvação.
Mas e aí, vale a pena?
Bom, não espere que este filme seja um marco cinematográfico, que não o é; não é um filme que você vai passar dias digerindo o roteiro. 300: A ascensão do império é um filme que é direto ao ponto que vai te levar a uma imersão do mundo que já tínhamos conhecimento pelo primeiro filme, uma imersão vibrante e violenta.
A direção perdeu alguns elementos gráficos que são a cara do Snyder, mas com isso esta continuação ganhou em termos de linearidade, é melhor contado cinematograficamente que o primeiro, mas desliza no exagero de sangue - que faria o sangue utilizado em Kill Bill 'fichinha'; em alguns momentos perto do final chega a ficar um pouco cansativo. Mais de 100 minutos de sangue jorrando há de ficar cansativo em algum momento, mas só um pouco, depois o filme pega fôlego novamente. Um ponto não muito feliz do roteiro é quando o filme apela para a estória piega do pai que não quer que o filho se envolva na guerra por ser jovem demais, faça-me o favor?! Podia muito bem ter passado sem esse cliché.
Os atores estão muito bem comprometidos com seus papeis, vemos um pouco mais de jovem Xerxes, o que possibilita de vermos Rodrigo Santoro, interpretando um Xerxes humano e não um Rei-Deus, o ator Sullivan Stapleton que leva a narrativa do filme como Temístocles faz um ótimo contraponto masculino para a atuação vibrante de Eva Green como Artemísia. Green ao meu ver rouba a cena do filme não apenas pela personagem dela ser a articuladora mas pela sua atuação ser tão boa que me fez torcer por ela e não pelos "mocinhos". Lena Headey aparece bem menos do que o primeiro mas quando aparece faz que sua Rainha Gorgo contrabalancei a vingança de Artemísia com a sua própria que quando aparece é impossível não vibrar.
A edição segue a cartilha do primeiro, os efeitos também que peca em pequenos excessos que é puramente "vamos colocar porque é 3D e não por ser necessário ao filme", a trilha se faz dormente, fica eclipsada pelos efeitos sonoros e especiais mas quando o filme termina a música que acompanha os créditos finais é boa.
Eu assisti a este filme em IMax e eu que tenho dificuldade em perceber 3D pois vejo a profundidade mas no geral é "nada demais", mas se puder gastar para ver em IMax, GASTE! Pela primeira vez consegui ter uma experiência de 3D com a tecnologia IMax e vale muito a pena, pois há cenas que não só fica evidente a sensação profundidade mas se sentir a vibração das cenas, e com tanta luta, a imersão na estória será ainda mais profunda.
O que me chamou a atenção é que a maior imersão na estória que tem esse filme resultou num maior número das cenas violentas. Se você não curte filmes violentos, não assista a este filme, certamente você não terá estômago, agora se você curte, vá em frente! Pois apesar de ser um filme que a base é nos efeitos, há uma estória bem contada que vai lhe fazer imergir naquele mundo enquanto durar o filme.
Ah, e um terceiro filme fica na possibilidade ao final e respondendo, enfim, a pergunta: vale muito a pena conferir, se for em IMax melhor ainda.
A direção perdeu alguns elementos gráficos que são a cara do Snyder, mas com isso esta continuação ganhou em termos de linearidade, é melhor contado cinematograficamente que o primeiro, mas desliza no exagero de sangue - que faria o sangue utilizado em Kill Bill 'fichinha'; em alguns momentos perto do final chega a ficar um pouco cansativo. Mais de 100 minutos de sangue jorrando há de ficar cansativo em algum momento, mas só um pouco, depois o filme pega fôlego novamente. Um ponto não muito feliz do roteiro é quando o filme apela para a estória piega do pai que não quer que o filho se envolva na guerra por ser jovem demais, faça-me o favor?! Podia muito bem ter passado sem esse cliché.
Os atores estão muito bem comprometidos com seus papeis, vemos um pouco mais de jovem Xerxes, o que possibilita de vermos Rodrigo Santoro, interpretando um Xerxes humano e não um Rei-Deus, o ator Sullivan Stapleton que leva a narrativa do filme como Temístocles faz um ótimo contraponto masculino para a atuação vibrante de Eva Green como Artemísia. Green ao meu ver rouba a cena do filme não apenas pela personagem dela ser a articuladora mas pela sua atuação ser tão boa que me fez torcer por ela e não pelos "mocinhos". Lena Headey aparece bem menos do que o primeiro mas quando aparece faz que sua Rainha Gorgo contrabalancei a vingança de Artemísia com a sua própria que quando aparece é impossível não vibrar.
A edição segue a cartilha do primeiro, os efeitos também que peca em pequenos excessos que é puramente "vamos colocar porque é 3D e não por ser necessário ao filme", a trilha se faz dormente, fica eclipsada pelos efeitos sonoros e especiais mas quando o filme termina a música que acompanha os créditos finais é boa.
Eu assisti a este filme em IMax e eu que tenho dificuldade em perceber 3D pois vejo a profundidade mas no geral é "nada demais", mas se puder gastar para ver em IMax, GASTE! Pela primeira vez consegui ter uma experiência de 3D com a tecnologia IMax e vale muito a pena, pois há cenas que não só fica evidente a sensação profundidade mas se sentir a vibração das cenas, e com tanta luta, a imersão na estória será ainda mais profunda.
O que me chamou a atenção é que a maior imersão na estória que tem esse filme resultou num maior número das cenas violentas. Se você não curte filmes violentos, não assista a este filme, certamente você não terá estômago, agora se você curte, vá em frente! Pois apesar de ser um filme que a base é nos efeitos, há uma estória bem contada que vai lhe fazer imergir naquele mundo enquanto durar o filme.
Ah, e um terceiro filme fica na possibilidade ao final e respondendo, enfim, a pergunta: vale muito a pena conferir, se for em IMax melhor ainda.
Aqui o trailer do filme:
FONTE:
* Foto: divulgação.
* Trailer: youtube.
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