Zibia Gasparetto é figurinha repetida em prateleiras de livrarias. E não só naquelas que vendem coisas de assunto espírita (temas de seus livros), mas de todas mesmo. Mesmo com seus mais de 25 livros já publicados, ela sempre se colocara uma intermediária de um espírito (Lucius), que, como ela diz, lhe sussurra aos ouvidos desde uma madrugada há muitos anos atrás, quando ela acordou nervosa e ouvindo alguém falar em alemão.
Viúva, mãe, mulher, dona do lar. Tantas qualidades poderiam ter formado em Zibia apenas mais uma mulher que vai à missa e vive de ver novelas, sem nada mais a oferecer a humanidade além de sua presença e simpatia. Com a literatura espírita, ela introduziu no mercado uma espécie diferente de auto-ajuda que, no Brasil, se tornou bem mais do que aceitável.
E ela colhe muito bem os frutos de sua mediunidade; escreve pelo menos quatro vezes na semana e é considerada uma das escritoras mais reconhecidas do Brasil, com vendas altíssimas e um sucesso extraordiário em cada livro que publica, até mesmo aqueles que, à primeira vista, não pareçam nada atrativos.
Conheço a escrita de Zibia e me considerei uma leitora de seus livros depois de ler o primeiro, Tudo Tem Seu Preço, que é de um acabamento impecável, lindo, a capa é uma das melhores dentre todos dela e a temática realmente é muito interessante e explicadora.
Mesmo que a temática espírita pareça pouco atrativa para os não muito crentes, a diversidade de personagens e situações do dia-a-dia que ela escreve de forma tão simples e tão bem são extremamente sedutoras. Muito bom para quem procura uma leitura agradável que te deixe uma liçãozinha no fim.
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