Stephen (Edward Hogg) é um cara solitário, tímido, inseguro,
está na friendzone, enfim o típico loser e está preso em casa há muito tempo
traumatizado, depois de muito tempo com a ‘companhia’ de seu amigo totalmente o
oposto dele Bunny (Simon Farnaby)que é extrovertido, aberto, um pouco sem
caráter e muito aventureiro, o típico amigo fdp que todo mundo tem. Tudo começa
quando eles, querendo dar uma nova guinada na vida, decidem fazer uma estranha viagem
depois de ganharem uma grana apostando numa corrida de cavalos. Eles viajam pela
Europa e conhecem uma garota, Eloisa (Veronica Echegui), que os levam até a
Espanha onde Bunny tem uma ideia que dá nome ao filme. E no meio disso tudo
rola paixão, brigas, crises e inúmeras situações inusitadas.
O filme é cheio de
cenas surrealistas, nonsenses e também cenas tristes, nojentas e lindas, mas há
certo charme na caixa-estrada em que eles viajam e também na caixa-casa de
Stephen, que o faz ter pensamentos e viagens no tempo, a casa de Stephen é o
mundo dele. Bunny and The Bull é dirigido por Paul King que também dirigiu a
estranha surreal comédia inglesa The Mighty Boosh que incrementa no filme os
dois protagonistas da série os respectivos Noel Fielding e Julian Barratt e
também Richard Ayoade (de The It Crowd) também diretor de outro bom filme, o
Submarine.
É engraçado como a comédia tem muito a ver com a vida de
muitos hoje em dia (ainda mais com a inclusão digital), quando precisamos
apenas de um empurrão para sair da fossa, de um amigo, ou simplesmente uma
força interna. O cenário é incrível, assim como o roteiro e todas as
composições técnicas. Sem falar na trilha sonora que é perfeita, composta pelo
ator/cantor Oly Ralfe e sua Ralfe Band, vale pena dar uma ouvida no som dos
caras e na soundtrack. O filme é bom, passa rapidinho e fica com gostinho de
quero mais. Não é filme de tarde domingo mas Sexta à noite.
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